Um hatch compacto premium, com alta valorização de formas, jeito de esportivo picante e, sobretudo, construído com tecnologia de ponta. Esse é o cartão de visitas do modelo, que estreou na Europa na semana passada. 

O novo Classe A chegará aqui, inicialmente, nas versões A200 e A250, com preços de R$ 120 000 e R$ 165 000, respectivamente. O modelo A200 terá motor 1.6 turbo de 156 cv. A versão A250 será a top de linha na ocasião do lançamento. E vem equipada com motor 2.0 turbo de 211 cv.

Já o modelo que pode ser considerado como a porta de entrada  será o A180. Mais simples, ele contará com o mesmo propulsor do A200, o 1.6 turbo, mas com calibração econômica, que produz apenas 122 cv. As principais distinções entre eles estão na pressão da turbina, no gerenciamento de combustível e no nível de rotações que alcançam. No A200 o motor gira até 5 300 rpm e no A180 a rotação para atingir a potência máxima não passa de 5 000 rpm. Como os dois carros terão o mesmo peso (1 370 kg) a diferença no desempenho será sensível entre eles.

Em todas as versões, haverá a opção do câmbio 7G-DCT (sigla de Dual Clutch Transmission). Só no A250 ele será de série. Esta transmissão substitui o 7G-Tronic e, segundo a marca, é a caixa de marchas mais compacta, com 36,7 cm de comprimento, e mais leve, com 86 kg, usada em carros que se valem de tal tecnologia. Feita também para trabalhar em situações extremas, ela conta com duas bombas de óleo, que ajudam o conjunto a se manter constantemente arrefecido. Em todos os modelos em que estará presente, a alavanca seletora ficará na coluna de direção, como nas configurações equipadas com 7G-Tronic. Na top ele terá paddle-shifters.

Com formas ousadas, cheio de vincos e dois volumes bem definidos, ele impõe respeito. Os para-lamas ligeiramente alargados e a enorme grade dianteira reforçam essa imagem de robustez.  Os faróis ganharam um filete de leds superiores e as lanternas traseiras fi cam posicionadas bem nas extremidades, aumentando a sensação de um carro largo. Na verdade, com 2,70 m de entre-eixos, ele poderia muito bem ter mais espaço para o habitáculo. Mas a vocação esportiva exigiu que tivesse uma dianteira bem longa.  

O painel de instrumentos é simples, bem desenhado e prático, e as informações de bordo estão todas no discreto cluster digital central. O sistema de entretenimento e conectividade "Drive Kit Plus" será um opcional cobiçado por aqui. Ainda mais pela "geração Facebook", já que ele é a extensão de um smartphone, com acesso às redes sociais, notícias, previsões do tempo e aplicativos que auxiliam na identificação dos percursos via GPS, com fotos em alta definição de boa parte dos locais nos quais você vai trafegar com o Classe A. 

Por outro lado, o conjunto de suspensões provou que merece respeito. Dotado de controles de tração e estabilidade, mesmo com tração na frente, ele vai pegá-lo pela emoção. Faz curvas como os melhores da classe e ainda se comporta de maneira leve.