Dirigir um Grand Cherokee pelas ruas é chique, não é? Para o site da revista americana “Forbes”, definitivamente não e os brasileiros que o fazem estão sendo roubados. Isso porque, para a publicação, o preço cobrado pelo novo modelo do carro da Jeep por aqui é “ridículo”: R$ 179 mil, ou US$ 89,5 mil.
"Alguém pode imaginar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil esse é o preço de um básico", escreve o jornalista Kenneth Rapoza, especializado na cobertura do Brics, grupo de emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.
Segundo a reportagem, pelo preço cobrado no Brasil, é possível comprar três em Miami. O carro custará US$ 28 mil por lá, ou cerca de metade da renda média americana. Segundo o Censo 2010 do IBGE, a renda média mensal do trabalhador brasileiro é R$ 1.345, ou R$ 16.140 em um ano. Ou seja: na média, um brasileiro precisa trabalhar 11 anos para ganhar o equivalente ao preço do carro. Para a “Forbes”, os motivos para o alto preço são impostos superiores a 50% e ingenuidade por parte dos consumidores.
“Foi mal, Brazukas... não há status em um Toyota Corolla, um Honda Civic, um Jeep Grand Cherokee ou um Dodge Durango. Não se deixem enganar pelo preço. Vocês estão definitivamente sendo roubados. Pense dessa forma: o que você diria se um colega americano lhe dissesse que pagou US$ 150 por um par de Havaianas?”
O jornalista informa ainda que a Chrysler vai lançar no Brasil o novo SUV Dogde Durango cobrando R$ 190 mil (US$ 95 mil) por ele, enquanto, nos EUA, o modelo chegará às concessionárias por R$ 57 mil (US$ 28,500). Conclusão: lá, um professor de escola primária consegue comprar um desses com alguns anos de uso.