A Volkswagen comemora neste domingo, dia 2 de setembro, os 55 anos ininterruptos de produção da Kombi no Brasil. Produzida em São Bernardo do Campo desde 1957, o utilitário foi o primeiro modelo da Volkswagen feito no Brasil. Modelo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial, a Kombi acumula mais de 1.530.000 unidades produzidas desde seu lançamento até julho de 2012.
A maior prova do sucesso e da versatilidade do utilitário Volkswagen está na incontestável liderança no segmento de mercado em que atua: a Kombi nunca perdeu a liderança de sua categoria. E isso continua em 2012. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a Kombi registrou 14.905 unidades emplacadas (detendo 39,4% do segmento), o que representa crescimento de mais de 4% em relação ao mesmo período de 2011 – ótimo resultado quando se analisa a indústria de Comerciais Leves, que registrou queda de 1,4% no acumulado dos sete primeiros meses de 2012 contra o mesmo período de 2011.
O consumidor da Kombi possui um perfil bem diferente do dos compradores de carro de passeio. A relação custo-benefício, durabilidade, facilidade de manutenção, robustez mecânica e economia são atributos que fizeram o modelo conquistar os consumidores e manter-se líder em vendas em seu segmento há mais de cinco décadas.
Atualmente, a linha de produção da Kombi trabalha em dois turnos e conta com 386 colaboradores na área da pintura, 201 no setor de armação e outros 205 na montagem final. É pelas mãos desses 792 funcionários que são fabricadas 90 unidades diárias do modelo.
A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia incluir o confiável conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga. A produção do modelo começou na Alemanha em 1950. O destaque era a carroceria monobloco, a suspensão reforçada e o motor traseiro, refrigerado a ar, de 25 cv.
Em 1957 foram fabricadas as primeiras unidades no Brasil. Com um índice de nacionalização de 50%, a Kombi tinha motor de 1.200 cm³ de cilindrada. Menos de quatro anos mais tarde chegou ao mercado o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão pick-up surge em 1967, já com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de 12 volts.
A trajetória internacional da Kombi brasileira se inicia com a história das exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 70 para mais de 100 países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.
No Brasil, em 1975, com uma reestilização, a Kombi passa a ser equipada com o motor 1.6l e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação. O motor diesel 1.6l, refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e pick-up com cabine dupla. No ano seguinte surge o modelo a etanol e, em 1983, a Kombi apresenta painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel.
As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça, temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros. Em 1992, a Kombi ganhou conversores catalíticos de três vias, sistema servo-freio, incluindo discos na frente e válvulas moduladoras de pressão para as rodas traseiras.
Uma versão mais moderna chegou em 1997 com o nome de Kombi Carat, apresentando novas soluções, como teto mais alto, porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro. As mudanças foram realizadas sem abrir mão da versatilidade e da economia exigidas por seus fiéis consumidores.
No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Desde janeiro de 2006 até julho de 2012, o utilitário teve mais de 170 mil unidades produzidas. Com o novo motor, a Kombi desenvolve potência de 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv, com etanol.