A Volkswagen passa a equipar o Fox com a nova geração de motores 1.0l, da família EA111. O novo propulsor, que acaba de estrear no Novo Gol e Novo Voyage, traz a nova denominação TEC (Tecnologia para Economia de Combustível), com melhorias de torque em baixas rotações, proporcionando maior conforto ao dirigir, economia de combustível e redução de emissões de CO2, garantindo excelente performance.
O motor TEC foi desenvolvido com base no conceito BlueMotion Technology para o Novo Gol e o Novo Voyage. O bom resultado apoiou a decisão de estendê-lo para outras versões. No Fox, o benefício de economia de combustível chega a até 3%, em relação ao motor 1.0l VHT (conforme norma NBR 7024).
O motor TEC é Total Flex: pode ser abastecido com etanol, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. Quando está abastecido com etanol (E100), a potência do motor TEC é de 76 cv (56 kW) a 5.250 rpm e o torque é de 10,6 kgfm (104 Nm) a 3.850 rpm. Quando está abastecido com gasolina (E22), a potência é de 72 cv (53 kW) a 5.250 rpm e o torque é de 9,7 kgfm (95 Nm) a 3.850 rpm.
O motor TEC tem 999 cm³ de cilindrada, quatro cilindros em linha e duas válvulas por cilindro. Este motor está posicionado na dianteira de forma transversal e proporciona um desempenho excelente para o Fox.
Ao nível do mar, o Fox com motor 1.0l TEC necessita de 14,1 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e registra velocidade máxima de 160 km/h (obtida em quinta marcha) com etanol. Com gasolina, a aceleração até 100 km/h é realizada em 14,7 segundos e a velocidade máxima chega a 158 km/h.
A evolução do motor 1.0l EA111 foi possível graças a uma série de avanços mecânicos e eletrônicos, a começar pelo sistema de partida a frio. Com o auxílio de um tanque auxiliar (“tanquinho”), o novo sistema proporciona partidas mais rápidas a baixas temperaturas, especialmente quando o tanque principal do veículo está abastecido com etanol.
Uma bomba instalada separadamente do “tanquinho” e isolada acusticamente, pressuriza a gasolina, cuja vazão é controlada por meio de uma válvula eletromagnética de alta precisão. O combustível segue para uma minigaleria, posicionada no coletor de admissão, que conta com quatro bicos de injeção com orifícios calibrados. Desta forma, a gasolina é injetada com precisão em cada um dos quatro cilindros, próximo às válvulas de admissão. Toda a estratégia de injeção é controlada pela unidade de comando, que sincroniza a entrada de combustível com os ciclos de funcionamento do motor.
A precisão da válvula eletromagética permite que a ECU comande, conforme necessidade, o sistema auxiliar, também na fase pós-partida. Isso promove ótimo comportamento dinâmico do motor desde a partida, com respostas mais espontâneas aos comandos do acelerador, além de redução de emissões poluentes no início da fase de aquecimento do motor.
Para gerenciar o perfeito sincronismo da injeção de combustível, o motor TEC utiliza a nova Unidade Eletrônica de Controle (ECU), da mesma geração adotada pela matriz, na Alemanha. Uma das principais vantagens dessa nova ECU está na maior capacidade de armazenamento e processamento. Agora o hardware com micro controlador opera com 32 bits e 2 Mbytes de memória.
O software também foi totalmente desenvolvido para a nova geração do motor 1.0l EA111, gerenciando com precisão a injeção de combustível e otimizando a performance do motor em baixas rotações.
O coletor foi projetado para atuar em conjunto com um novo perfil do comando de válvulas, com o objetivo de aumentar o fluxo de ar admitido pelos cilindros (“enchimento”) em baixas rotações.
Dessa forma, na faixa entre 1.000 rpm e 3.000 rpm, existe mais torque disponível, proporcionando maior conforto de rodagem, possibilitando a troca de marchas em rotações mais baixas, gerando economia de combustível.
O motor TEC também traz melhorias de redução de atrito. Adicionalmente, o novo coletor de admissão, feito de poliamida de alta resistência e baixa rugosidade, garante um fluxo de ar admitido sem restrições. A redução de atrito das peças móveis é obtida por meio dos novos pistões, que contam com superfícies de carbono nas saias.
Os sistemas de acionamento de válvulas e retentores também foram modificados para redução de atrito, com o objetivo de diminuir o consumo de combustível. As molas das válvulas tiveram uma redução na constante elástica, para demandar menos força do trem de válvulas na tarefa de abrir e fechar as válvulas de admissão e escapamento.
Ao mesmo tempo, a massa das molas foi reduzida, garantindo perfeito retorno das válvulas no fechamento das câmaras de combustão. Para completar, novos retentores de válvulas, do eixo comando e da flange traseira do virabrequim, tiveram seu projeto aprimorado, para oferecer menor resistência ao movimento das peças, mantendo a vedação do óleo.
A formação da mistura ar/combustível e a eficiência da combustão foram melhoradas com novas válvulas injetoras e com os novos bicos injetores spray. Isso permite que a combustão seja mais precisa, utilizando menos combustível e, consequentemente, reduzindo o consumo.
Outro benefício do motor TEC, na fase de combustão, está na adoção de um sistema de ignição com uma bobina por cilindro, montadas diretamente sobre as velas. Como o sistema elimina os cabos de alta voltagem, aumenta-se a energia disponível para a centelha das velas de ignição, melhorando a estabilidade da combustão e a eficiência no aproveitamento do combustível.
O Fox é oferecido ainda com o motor 1.6 EA111 VHT, que oferece até 104 cv. Com esse propulsor, o Fox poder ser equipado (além da transmissão manual MQ200) com o câmbio I-Motion. O Fox 1.6 conta também com a versão BlueMotion, que – graças a uma série de modificações – traz benefício de economia de combustível superiores a 10%.