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23/10/2012
VW mostra E-Bugster no Salão de São Paulo
Fusca conceitual é movido por um motor elétrico de 85 kW.
 
   
 

A Volkswagen está mostrando, no Salão do Automóvel de São Paulo, como a esportividade do Fusca mais potente de todos os tempos também pode ser transferida para um Fusca com motor puramente elétrico. O E-Bugster foi projetado especialmente para essa missão: um Fusca rápido, com dois lugares, 85 kW de potência, 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e emissão zero. Ainda assim, com as proporções muito bem definidas.

O módulo elétrico central do E-Bugster tem um design inovador: pesa apenas 80 quilos. A energia para alimentar o motor elétrico é armazenada numa bateria de íons de lítio cujos módulos são alojados atrás dos bancos dianteiros, numa posição estudada para economizar espaço. A capacidade da bateria, de 28,3 kWh, permite uma autonomia de pelo menos 180 quilômetros no trânsito urbano. Mesmo em um país enorme como os Estados Unidos, para a maioria dos motoristas, esta distância é suficiente para deslocar-se até o local de trabalho e voltar para casa.

Como o carro da Volkswagen tem uma função de carga rápida, a bateria pode ser "reabastecida" em 35 minutos em estações de recarga especialmente adaptadas. A bateria do E-Bugster também pode ser recarregada em casa, a partir de tomadas domésticas de 120 volts, como as encontradas nos Estados Unidos, ou 230 volts, como na Europa. A conexão para o cabo de carga está localizada no mesmo local que o bocal do tanque de combustível nas versões tradicionais, próximo à coluna C.

Graças aos novos Sistemas de Carga Combinados, desenvolvidos em cooperação com os fabricantes alemães de automóveis Audi, BMW, Daimler, Porsche e Volkswagen, assim como os parceiros americanos Ford e General Motors / Opel, o E-Bugster pode ser "abastecido" por meio de uma conexão que utiliza qualquer das modalidades de carga disponíveis. As possibilidades são:
carga por corrente alternada com uma fase e carga ultra-rápida em postos de recarregamento elétrico

Para que isto ocorra, será necessário criar um padrão único da indústria para os plugues de conexão dos futuros veículos elétricos, que será disponibilizado a todos os fabricantes. Esta padronização vai além do plugue: no Sistema de Carga Combinado, o controlador de carga e a arquitetura elétrica precisam ter capacidade de se adaptar a todos os tipos de recarga. Isto reduzirá os custos e simplificará a disseminação da mobilidade elétrica em todo o mundo.

A quantidade de energia solicitada a cada momento ao pisar no acelerador do E-Bugster é indicada em um mostrador. Os instrumentos também incluem um indicador de autonomia e um display que mostra o nível de carga da bateria. Outra inovação do Beetle é um instrumento que mostra a intensidade da regeneração da bateria. O termo regeneração refere-se à recuperação da energia na frenagem: assim que o pé do motorista deixa o pedal do acelerador e começa a ocorrer desaceleração, ou quando o carro é freado, a energia cinética que normalmente seria dissipada é convertida em eletricidade, que é armazenada na bateria. Isto aumenta a autonomia do E-Bugster. 

A VW batizou a unidade de propulsão elétrica completa de Blue-e-Motion. Já em 2013, unidades com esta identificação entrarão em produção em veículos, como o Golf, por exemplo.

O E-Bugster é um Fusca que dificilmente poderia parecer mais dinâmico. Na realidade, ele é um carro esporte. Mede menos de 1.400 mm de altura, ou seja, 90 mm menos que o Beetle com teto rígido. E o modelo de produção aparenta ter muita potência, com suas formas precisamente esculturadas. A largura do E-Bugster, 1.838 mm, aumentou 30 mm, enquanto seu comprimento (4.278 mm) é idêntico ao do carro de série normal.

À frente, o que mais chama a atenção é o parabrisa largo e recuado. A área envidraçada se estende lateralmente até um ponto além das colunas dianteiras. O E-Bugster, que é equipado com faróis de LED, também se diferencia do Beetle de série pelos para-choques: os designers integraram as luzes de condução diurna à esquerda e à direita da tomada de ar central como faixas de LEDs em forma de C (naturalmente espelhadas no lado direito).

Desde que o e-up! (carro conceito) foi apresentado na Europa, este formato de luzes de uso diurno tornou-se uma espécie de emblema dos estudos de veículos elétricos da Volkswagen. Esses elementos de estilo também aparecem, de forma diferente, como refletores no para-choque traseiro. A janela traseira do E-Bugster mostra que as aberturas traseiras de um speedster não precisam restringir a visibilidade. Ela é extremamente larga.

O E-Bugster tem janelas recuadas e teto baixo. Sob as caixas de rodas, tipicamente salientes, ficam os grandes aros de 20 polegadas, derivados das rodas "Twister" de 18 polegadas usadas no Beetle, equipadas com pneus 235 / 35 R 20. Entre as abas, há um "V" no flanco que é característica do mais famoso do modelo.

Da soleira lateral, os destaques são a grande superfície homogênea da porta e a linha de contorno acima da maçaneta, que parece ter sido cortada por uma faca. Apenas alguns centímetros acima deste ponto, o Beetle se converte num speedster: os designers alongaram a faixa cromada da moldura inferior da janela para a traseira. Ela agora vai (como ocorria no New Beetle Cabriolet) de uma à outra coluna dianteira. 

A capota rígida do "Bug" alonga-se em um arco baixo, sobre esta linha cromada. Acompanhando o raio do teto - da forma típica de um speedster - está a borda superior das janelas laterais. A altura entre a borda cromada inferior da janela e a linha mais alta do teto é de apenas 400 mm. Como deve ser em um verdadeiro speedster.

A combinação de alta tecnologia e comportamento dinâmico reflete-se também no interior do carro. Assentos esportivos e um túnel central contínuo na cor da carroceria reforçam o caráter esportivo do E-Bugster. O uso de alumínio nas maçanetas das portas e guias dos cintos e o estilo leve do volante também criam uma conexão direta entre o exterior e o interior. Ligar o E-Bugster é uma experiência diferente: o botão de partida não ativa apenas o sistema de propulsão. Primeiro, o interior é mergulhado numa luz branca; logo a seguir, numa luminosidade azulada. Tudo começa com um piscar de luz no painel de instrumentos. Dali, a luz emana de uma fina linha luminosa, percorrendo a soleira das janelas das portas e contornando as aberturas de ventilação.

 

 

 

 

 

 

 

 
   
 
   
 
   

 
 

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