Quando foi lançada aqui, em maio de 2009, a Ninja 250R era importada e custava R$ 18.800,00. Agora se despede com passaporte brasileiro, e no valor de R$ 13.990,00. Durante esse tempo, o perfil do usuário também mudou, abrangendo uma maior fatia dos que tem menor poder aquisitivo.
A Ninja 300, sem o “R”, chega já brasileira e por R$ 17.990,00. Em produção na fábrica de Manaus desde o início deste mês, chegará às lojas na segunda semana de dezembro, apenas 4 meses após ser lançada na Indonésia e 3 meses depois da Europa e dos Estados Unidos.
Além da tradicional verde Kawasaki, terá também toda preta, toda branca e a Special Edition que tem ABS e grafismo preto em cima do verde. Essa versão com ABS custa R$ 2.000,00 a mais.
Ela tem motor com dois cilindros paralelos somando 296 cc, DOHC, 8 válvulas, refrigeração líquida, 39 cv a 11.000 rpm, torque de 2,8 kgf.m a 10.000 rpm e compressão de 10,86:1.
O pistão é mais curto que no motor da 250R e mede 7,5 mm de altura com o mesmo diâmetro de 62 mm. Ele tem orifícios de forma que deixa o óleo penetrar na parte de baixo dele para melhorar a refrigeração. A relação diâmetro x curso ficou 62,0 x 49,0 mm. A 250R tem o mesmo diâmetro de pistão, com o curso bem menor: 62,0 x 41,2 mm.
Na admissão do ar, tem duas válvulas de aceleração, como se fossem duas borboletas de diferentes diâmetros, para que a aceleração fique gradativa e melhorando a eficiência da combustão. A ZX-10R e a ZX-6R também utilizam estas válvulas.
Tem 6 marchas e a coroa tem um dente a menos que na 250R: 42. Ela chega a 180 km/h. A embreagem é assistida e deslizante, o que diminui os trancos quando guiada de forma mais esportiva.
O chassi é tubular do tipo diamond em aço. A suspensão dianteira é garfo telescópico de 37 mm e a traseira Uni-track com amortecedor a gás. A mola dianteira é a mesma que era utilizada pela 250R. O que mudou foi o volume de óleo no garfo, deixando-a mais firme. Na traseira, a mola tem a mesma calibragem, porém, é mais longa e mais comprimida, com o objetivo de mantê-la confortável para a cidade e mais firme em curvas de alta.
Vem de fábrica com os pneus IRC japoneses mais largo 1 cm na traseira, com medida 140/70/17. O dianteiro manteve a mesma medida: 110/70/17. A dimensão dos discos de freio também é a mesma: 290 mm na dianteira e 220 mm na traseira. O que mudou foi o ABS, que é 60% menor e fica posicionado embaixo do tanque.
O design é todo novo. Ganhou as aletas laterais de suas irmãs maiores, tem a rabeta mais agressiva, novos retrovisores, bolha, rodas, e o banco é mais estreito. Ela é mais curta: 2.015 mm contra 2.085 e o entre-eixos é 5 mm maior. 7 cm é bastante coisa. O ângulo de cáster passou de 26° para 27 e o trail de 82 mm para 93. A largura se manteve a mesma. A distância mínima do solo aumentou em 5 mm passando para 140, e a altura do banco baixou outros 5 mm, ficando com 78,5 cm. Isso significa posicionamento mais encolhido.
O tanque foi redesenhado, mas manteve a mesma capacidade volumétrica para o combustível: 17 litros. No final, ela ganhou 3 quilos ficando com 172 a versão sem ABS, e 174 a com.
Ganhou também painel novo e lampejador de farol alto, exigência exclusivamente dos brasileiros, segundo a Kawasaki.
A previsão da Kawasaki é vender em 2012, mais de 47 mil Ninja 250R ao redor do mundo, o que representa 40% das vendas totais da empresa. O Brasil foi o terceiro país que mais vendeu este modelo: 3.300 unidades aproximadamente.
A Ninja 250R 2012 que continuará sendo vendida até terminarem os estoques, era a mesma desde 2008.