O respeito ao meio ambiente tem sido uma premissa fundamental para a Honda. Em 2001 a empresa estabeleceu metas ambiciosas, visando atender o inadiável compromisso de produzir motores cada vez mais ‘limpos’. Tal decisão determinou que, no espaço de duas décadas, os motores Honda emitiriam 30% menos de CO2. Mas a ambição de melhorar não parou, e novos objetivos foram estabelecidos para 2050: reduzir as emissões em 50% em comparação com os dados de 2001.
Uma das decisões mais ousadas da Honda em sua luta contra a poluição do meio ambiente foi abandonar totalmente a produção de motores dois tempos, cujas emissões poluentes excedem largamente as dos motores a quatro tempos. Deste modo, o derradeiro motor Honda 2T foi produzido em 2001.
A generalização do uso da injeção eletrônica PGM-FI nos mais diferentes modelos contribuiu para a melhoria da eficiência energética e, portanto, a redução das emissões.
Sempre determinada a aperfeiçoar a eficiência de seus motores, no já distante ano de 1971 a Honda foi pioneira no desenvolvimento do motor CVCC (Compound Vortex Controlled Combustion). Tal tecnologia foi inicialmente aplicada na produção de motores de automóveis, visando atender as exigentes regulamentações antipoluição que começavam então a serem aplicadas nos EUA. O estudo desse importante aspecto técnico - otimizar a queima da mistura ar-combustível na câmara de combustão - foi um primeiro e decisivo passo para a diminuição de emissões nocivas na atmosfera.
Sistemas ??para melhorar a eficiência e reduzir as emissões foram sendo elaborados de maneira assídua pela Honda, e um dos mais recentes e conhecidos é o Idling Stop, que interrompe a operação do motor quando o veículo para, reduzindo significativamente o nível de emissões. Tal sistema equipa as scooter PCX e SH 150i, cujo motor enhanced Smart Power (eSP), se revela compacto, de alta eficiência e com baixo índice de atrito.
Tecnologia elétrica
A Honda também não ignora as possibilidades de sucesso na eletrificação de certos tipos de veículos. De fato, já existem vários modelos elétricos que a marca apresentou especialmente no mercado asiático. O primeiro a ser lançado foi o EV-neo, em 2010, scooter projetada para oferecer a autonomia necessária em uso comercial, cobrindo ampla gama de usos como serviços de correio e transporte de pequenas mercadorias.
Equipada com uma bateria de íons de lítio e um motor ‘brushless’, a bateria do EV-neo pode ser recarregada através de uma simples tomada de energia doméstica e oferecendo desempenho equivalente ao de uma scooter equipada com motor 4T de 50 cc, potência suficiente para transportar pequenas cargas.
Outro exemplo do envolvimento da Honda na proteção ambiental é a PCX Electric apresentada no Salão de Tokyo de 2017. A scooter foi equipada com um motor de alto desempenho que é alimentado pelo Honda Mobile Power Pack, uma bateria facilmente removível e transportável. Além da PCX Electric foi apresentada a PCX Hybrid, modelo que emprega um sistema híbrido original, projetado especificamente para motocicletas. Tal sistema híbrido compacto é baseado em uma bateria de alta potência e um alternador que, além de fornecer corrente e funcionar como motor de partida, desempenha a função de motor auxiliar ao motor de combustão, fornecendo torque e desempenho extras. Ambos os modelos estão à venda desde 2018 no mercado asiático.
Novos conceitos
A crise econômica de 2008 afetou profundamente a indústria de motocicletas, forçando uma reorganização do line-up de todas as marcas. Foram tempos difíceis, em que a Honda soube como se reinventar, introduzindo novos conceitos. Nessa época surgiram alguns modelos como o Honda Integra ou a família NC (New Concept), conceitos completamente novos no panorama da indústria da motocicleta mundial.
Em 2012 a Honda Integra e as NC 700S e NC 700X começaram carreiras de sucesso em diferentes mercados mundo afora. Nestes modelos a praticidade prevaleceu sem que fosse necessário abdicar de alta tecnologia e inovação. Enquanto as NC mantinham a aparência de uma motocicleta, o Integra exibia a aparência de uma scooter de grande porte, mas que na verdade não era uma scooter e nem tinha o comportamento dinâmico de uma.
A plataforma mecânica era comum às Integra e NC: motor de 2 cilindros de 670 cc, SOHC e 4 válvulas por cilindro, com potência superior a 50 cv. Recém-projetado, tal motor teve como princípio de desenvolvimento oferecer consumo reduzido de combustível e considerável torque a baixas rotações, aspecto para o qual tanto contribuiu a redução de atrito das peças móveis quanto o fato de ser ter um longo curso dos pistões. O Integra foi vendido com um câmbio DCT de segunda geração enquanto as NC podiam, em alguns mercados, ter câmbio DCT ou convencional.
Praticidade e conforto foram as virtudes que essa família de motocicletas priorizou desde o início, que recebeu duas atualizações desde o seu lançamento. A primeira em 2015 visou o aumento do motor para 745 cc o que resultou em aumento de potência e torque. A terceira atualização se deu através da adoção de um sistema DCT com desempenho mais eficaz em mercados específicos. O último passo neste novo conceito foi dado em 2017, com a introdução da Honda X-ADV, que manteve o espírito que inspirou a família NC mas inovando ainda mais. Tal modelo representa um criativo meio termo entre uma scooter e uma moto trail, e usa o mesmo motor da NC.
A X-ADV é um exemplo claro de inovação e da avançada tecnologia Honda, pois traz a última geração da transmissão DCT, tecla ‘off road’ (controle G) que altera os parâmetros da transmissão para uso em estradas sem pavimentação, além de também ter o sistema HSTC - controle de tração - em dois níveis.
Vanguarda tecnológica e qualidade máxima
Ao longo de sua história a Honda teve na busca pela alta qualidade de seus produtos como um de seus mais sólidos princípios, oferecendo tecnologia avançada, funcionamento ideal e confiabilidade notável.
A tecnologia de ponta aplicada ao projeto de suas motocicletas é uma constante na Honda. Soluções sofisticadas como o motor de pistões ovais, o comando de válvulas variável e o turbo trouxeram conhecimento que foi aplicado em diversos aperfeiçoamentos hoje vistos nas motos e scooters Honda, como o gerenciamento eletrônico de injeção, nos quais a Honda foi pioneira, sem mencionar outros avanços tecnológicos disseminados pela fabricante tais como o freio ABS, CBS ou D-CBS eletrônicos e as transmissão DCT, esta exclusiva da Honda.
Também dignas de nota são as soluções da robótica inseridas no mundo da motocicleta. O sistema Honda Riding Assist, apresentado em 2017 no Tokyo Motor Show, permite que a motocicleta se mantenha em equilíbrio estático sem nenhum esforço por parte do motociclista. Essa inovação não se baseia em giroscópios (que trariam peso adicional excessivo), mas em uma nova tecnologia robótica, facilmente adaptável aos modelos existentes da marca. Tal tecnologia foi desenvolvida para o UNI-CUB, um dispositivo elétrico de mobilidade pessoal que data de 2012. A criação do UNI-CUB só foi possível graças às longas pesquisas da Honda voltadas para o aperfeiçoamento do ASIMO, o robô humanoide mais avançado do mundo. O Riding Assist mostra que inovações de uma área específica da empresa podem ser aplicadas em muitos outros campos, visando satisfazer os clientes e beneficiando a imagem da Honda. O conceito usado no Riding Assist evoluiu para a eletrificação, sob o nome Honda Riding Assist-e.
Honda é sinônimo de qualidade, desempenho ideal, confiabilidade máxima, e isso se deve aos exigentes processos de desenvolvimento de cada modelo e ao uso de materiais da mais alta qualidade. Esse alto nível de comprometimento faz parte do DNA da empresa desde a sua formação. Quando Soichiro Honda tomou a decisão de competir com os fabricantes europeus no Mundial de Velocidade, ele submeteu todo o seu trabalho à premissa de perfeição máxima, se esforçando para alcançar uma qualidade que em muito dependia dos materiais e componentes, cuja especificação nem sempre a indústria era capaz de atender. Quando a Honda conseguiu receber dos fornecedores materiais que atendiam seus altos requisitos de qualidade, a marca deu o passo qualitativo que colocou a empresa na vanguarda da indústria de motocicletas.
A busca permanente pela excelência é mantida até hoje, com testes de durabilidade e estresse de material de nível tão exigente que os produtos Honda duram ao longo do tempo como nenhum outro. Isso também é tecnologia, uma tecnologia que não é visível, mas que é sentida em todos os produtos Honda.
Ao longo de sua história, a Honda sempre optou pela qualidade máxima aliada ao desenvolvimento tecnológico como eixo fundamental de sua atividade. Como comentou Takeo Fujisawa, diretor financeiro da empresa e tido como braço direito de Soichiro Honda, “a Honda Motor conseguiu crescer graças à prioridade absoluta dada à tecnologia”. Essa premissa foi a base do desenvolvimento da Honda, e que permanece até hoje como demonstram as conquistas esportivas e a liderança global no segmento de motocicletas.