Ninguém gosta de “cozinhar” dentro de um veículo em um dia de
calor. Nos dias de altas temperaturas, basta deixar o carro estacionado em vaga
descoberta por alguns minutos para que o ele acumule bastante calor.
Além do desconforto térmico,
há, ainda, o problema de dirigir com o volante queimando as mãos. Se o carro não
tiver ar condicionado, então, o sofrimento é ainda p qior. Mas como fazer para
minimizar este problema? É aí que entra uma das funções da película veicular.
Confira o artigo a seguir e conheça mais sobre o uso de
películas para redução de calor.
Película veicular: um
investimento com muitos benefícios
A película para vidro, popularmente chamada de insulfilm
(nome de um dos fabricantes deste produto), pode ter diversas funções.
Quem mora em grandes
cidades sente-se mais seguro ao parar com o veículo no semáforo se possui
película escurecida. Este mesmo tipo de produto contribui também para minimizar
o desconforto da luz do sol nos olhos de quem dirige.
Há também, no mercado, películas que garantem proteção antifurto.
Elas são feitas de um material mais rígido, que dificulta a quebra dos vidros.
Este recurso também aumenta a segurança do condutor e dos
passageiros em caso de acidente. A película com proteção antifurto pode ter uma
coloração mais escurecida ou ser incolor.
O que muita gente não sabe é que a redução de calor no
interior do veículo não está diretamente relacionada à cor da película.
Há películas
fumês mais escuras que não possuem o fator de proteção solar, o FPS (o
mesmo encontrado nos protetores solares que usamos no corpo). Por outro lado,
há películas com altíssimo FPS e sem nenhuma coloração.
Entretanto, as duas características podem ser combinadas. É
possível escolher uma película com FPS e com escurecimento.
Vantagens da película
com FPS
É possível encontrar, no mercado, películas com FPS de até
1700. É claro que o preço será proporcional aos benefícios oferecidos, mas o
investimento vale a pena.
A película
de redução de calor não irá apenas oferecer o conforto térmico no interior
do veículo.
Estudos comprovam que a exposição frequente ao sol enquanto
dirige pode provocar graves doenças de pele.
Além disso, o interior do carro pode ser danificado devido às
elevadas temperaturas alcançadas, que podem atingir até 5 graus a mais que no exterior.
Outro ganho da instalação deste tipo de película diz respeito
ao consumo de combustível. Quanto mais calor, maior será o uso de ar
condicionado, o que gera maior consumo. Assim, a película diminuirá a demanda
por este recurso, gerando economia.
Quer instalar a película veicular,
mas ainda está em dúvida? Para saber como vai ficar o visual com a película, os
sites de dois fabricantes, 3M e Insulfilm, oferecem simuladores online. Dessa maneira, é possível prever o
resultado antes de decidir pela instalação.
Cuidados com a instalação da película
A
instalação da película
de redução de calor é um investimento. Mas para que ela cumpra com sua
função, é importante tomar alguns cuidados.
Primeiramente,
confira a procedência do produto adquirido, sua certificação e garantia. Alguns
fabricantes oferecem garantia de até 5 anos.
O segundo
ponto diz respeito à instalação. Se você não é especialista no assunto, não
tente fazer a instalação em casa. Prefira recorrer a um técnico. O serviço inadequado
pode resultar em má aparência e menor durabilidade do que o previsto pelo
fabricante.
Quando a
aplicação é feita de maneira adequada, e os cuidados necessários são tomados, a
película pode durar de 5 a 15 anos. O proprietário saberá que está na hora de
trocar a película quando os vidros adquirirem uma cor arroxeada.
Atente-se à legislação
Ao escolher a película que deseja
instalar em seu veículo, é importante estar por dentro da legislação de
trânsito. A lei não permite o uso de películas espelhadas, e prevê o grau de
transparência mínimo exigido nas películas fumê.
A Resolução 254 de 2007 do CONTRAN
estabelece que, no para-brisa, o vidro deverá ter, pelo menos, 75% de
transparência, ou seja, a película poderá ser de até 25% de escurecimento.
Já os
vidros laterais dianteiros deverão respeitar o limite de escurecimento de até
30%, e o restante do veículo poderá ter transparência de até 28%, ou seja,
poderá ser aplicado escurecimento de até 72%.
Em 2017, o
CONTRAN publicou também a Resolução 707, que altera a 254 e acrescenta que não
há limites fixados para vidros do teto solar.
O desrespeito destes critérios
está sujeito a penalização. De acordo com o Art. 230, inciso XVI do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB), desrespeitar as
normas do uso de películas é infração de natureza grave, o que implica em multa
de R$ 195,23 e acúmulo de 5 pontos na CNH.
Além disso,
como medida administrativa, tal conduta pode culminar na retenção do veículo
até a regularização.
Isso
significa que, se você quiser retornar com seu veículo para casa, provavelmente
terá que retirar as películas dos vidros ainda durante a abordagem do agente
fiscalizador.